2006-03-31


Tal como alguém uma vez disse:


" trabalha como se não precisasses do dinheiro ,

ama como se nunca tivesses sido magoado,

dança como se ninguém estivesse a ver-te,

canta como se ninguém te estivesse a ouvir,

vive como se a terra fosse o Paraíso ."

2006-03-30

Passado sempre presente
na minha mente quer morar
fantasmas lembranças assaltam-me
quero esquecer não recordar...

Quero o presente, talvez o futuro
não quero lembranças, mas sim esperanças
olho-me na escuridão e tenho medo
ganho coragem e faço mudanças

Quero curar o passado viver o presente.
Não vou conseguir arrancá-lo de mim
a não ser que acorde finalmente.

Enterro o passado e os medos
Esfumam-se os pesadelos e agonias
nascem novas esperanças e voltam os receios

A tristeza é um sentimento que nos procura e ocupa muitas vezes. Podemos ficar tristes por palavras ou actos de alguém, pela miséria doutra pessoa, por um desastre ou cataclismo, por uma imensidade de coisas.

Mas algumas vezes ficamos tristes sem saber porquê, sentimo-nos tristes e não conseguimos identificar a origem dessa tristeza. Talvez seja uma data de pequenas coisas somadas, ou algo que nos tocou e não nos recordamos.

Hoje estou assim, estou triste...


Perdi os dias ensolarados
Estou amargurada e confinada
Pela incompreensão dos mortais

Oiço o canto da sereia
Como se fossem soluços da lama
Tocando na sua harpa dourada
Baladas de fé e esperança.

Quero resistir ao temporal
à imposição da tempestade
na luta pela liberdade.

2006-03-24

AMIZADE


Muitos e muitos não sabem,
por mais que tentem saber;
que a amizade não se compra,
pois não é de se vender.
Não é preta, nem é branca,
não é de nenhuma cor;
é uma porta bem aberta,
uma verdade bem certa,
um pedaço de Amor!

Pedro Mangana

2006-03-22

QUANDO O RIO ENCONTRA O MAR...

Diz-se que,
mesmo antes de um rio cair no oceano,
ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada:
os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua frente um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é do que
desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Só se pode ir em frente.
O rio precisa arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano
é que o medo desaparece,
porque apenas então o rio saberá que
não se trata de desaparecer no oceano,
mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento
e por outro lado é renascimento.



Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem!!
Avança firme e torna-te Oceano !!!

2006-03-20

O Coelho e o Cachorro

Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O doido comprou um Pastor Alemão.

Conversa entre vizinhos:
- Mas ele vai comer o meu coelho!
- De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, ficar amigos. Problema nenhum.

E parece que o dono do cachorro tinha razão. Junto cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes.

Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche. Quando entra o Pastor Alemão na cozinha. Ficaram pasmos. Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, é claro, morto. Quase mataram o cachorro, também.
- O vizinho estava certo... E agora... Meu Deus? E agora?
A primeira providência foi espancar o cachorro. Escorraçar o animal, para ver se ele aprendia o mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso. Mais algumas horas e os vizinhos iriam chegar.
E agora? O cachorro rosnando lá fora, lambendo as pancadas.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
- Cala a boca! Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível.Vamos dar um banho no coelho, deixá-lo bem limpinho. Depois vamos secá-lo com secador da mãe e colocá-lo na casinha dele, no quintal. Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convêm a um coelho cardíaco. Umas três horas mais tarde, eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e o grito das crianças. Descobriram! Não se passaram cinco minutos e o vizinho dono do coelho veio bater à porta. Branco, lívido, assustado. Parecia que tinha visto fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho... O coelho...
- O que tem o coelho?
- Morreu!!!!
Todos: - Morreu? Inda hoje de tarde parecia tão bem...
- É, tão bonitinho...
- Morreu na sexta-feira....
- Na sexta?
- Foi. Antes de irmos de viajem, as crianças enterraram-no no fundo do quintal.


A história termina aqui. O que aconteceu depois não interessa, ninguém sabe. Mas, a personagem que mais me cativa nessa história toda, O protagonista da história, é o cachorro. Imagine, o pobre do cachorro que, desde sexta-feira. Procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho. Depois de muito farejar descobre o corpo. Morto. Enterrado. O que faz ele?Provavelmente com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar aos seus donos. Talvez estivesse até chorando, quando começou levar porrada de tudo quanto é lado. O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. Sim, nós mesmos, que nunca pensamos duas vezes. Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso. E o homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfuminho disfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado que existe dentro de nós. Julgamos o outro pela aparência. Mesmo que tenhamos que deixar essa aparência como melhor nos convier. Maquiada.
Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitados de nós, animais racionais... QUE MUITAS VEZES NÃO PASSAMOS DE COMPLETOS IRRACIONAIS...

Vida!

Não comas a vida com garfo e faca.
Lambuza-te!
Muita gente guarda a vida para o futuro.
Mesmo que a vida esteja no frigorífico,
Se não a viveres, ela vai deteriorar-se.

É por isso que tantas pessoas se sentem emboloradas na meia-idade.
Elas guardam a vida, não se entregam ao amor,
ao trabalho, não ousaram, não foram em frente.

Depois, chega o momento em que se conscientizam:
"Puxa, passei fome para guardar essas batatas e elas apodreceram."

Não deixes a tua vida ficar muito séria,
saboreia tudo o que conseguires,
as derrotas e as vitórias,
a força do amanhecer
e a poesia do anoitecer.

Como diz o poeta gaúcho Mário Quintana:


"Com o tempo, vais percebendo que para ser feliz
precisas aprender a gostar de ti,
a cuidar de tie, principalmente,
a gostar de quem também gosta de ti.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até ti."

Momento de humor...

2006-03-19

Ser Pai...

Ser pai é muito maior do que esta palavra nos transmite.

É algo superior, divino...

Pai é aquele que luta, trabalha, e se esforça pensando no bem dos seus filhos.

Existe vários tipos de pais: o super-protector, o ciumento, o "garotão", enfim... uma infinidade...
Mas no fundo, todos são iguais...

Todos querem guardar suas "crias" até que elas resolvem ganhar o mundo e largam o "ninho"...

São eles que nos ajudam no nosso primeiro tombo de bicicleta, no nosso primeiro jogo de futebol pelo clube do colégio, sempre torcendo por nós...

São nossos primeiros fãs...

Olham-nos com cara feia quando chegamos tarde em casa...
Mas sempre nos deixa chegar um pouco mais tarde da próxima vez...

Ser pai é ser cúmplice dos filhos nas melhores e nas piores fases da vida deles...

Agradeço-te do fundo do meu coração, Pai..
Por você me teres ajudado a chegar até aqui...

Reúnes nesse coração todos esses tipos de pais...
Valeu a pena todos aqueles puxões de orelha...
Todos os sermões...

Amo-te,
meu PAI....

2006-03-17

Dizem que...

Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter ia anotando... muito chocado, este repórter iniciou uma campanha:

"Fui a uma festa, e lembrei-me do que me disseste.Pediste-me que eu não bebesse álcool, mãe... Então, bebi uma "Sprite".Senti orgulho de mim mesma, e do modo como me disseste que eu me sentiria e que não deveria beber e conduzir ao contrário do que alguns amigos me disseram.

Fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi correcto.

E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a conduzir sem condições... Fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz...

Eu nunca poderia imaginar o que me aguardava, mãe...

Algo que eu não poderia esperar...

Agora estou deitada na rua, e ouvi o policia dizer: "O rapaz que causou este acidente estava bêbado", mãe, a voz parecia tão distante...

O meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou a tentar com todas as minhas forças, não chorar...

Posso ouvir os paramédicos dizerem: "A rapariga vai morrer"...

Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e conduzir, e agora tenho que morrer...

Então por que as pessoas fazem isso, mãe? ... sabendo que isto vai arruinar vidas?

A dor está-me a cortar como uma centena de facas afiadas...

Diz à minha irmã para não ficar assustada, mãe, diz ao papá que ele seja forte... E quando eu for para o céu, escreva "Menina do Pai" na minha sepultura... Alguém deveria ter dito aquele rapaz que é errado beber e conduzir...

Talvez, se os seus pais tivessem dito, eu ainda estivesse viva... Minha respiração está a ficar mais fraca, mãe, e estou realmente a ficar com medo... Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada... Eu gostaria que tu pudesses abraçar-me, mãe, enquanto estou esticada aqui a morrer, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe...

Amo-te...

Adeus..."

2006-03-15

Os quatro gigantes da alma...


Dizem que há na alma dos seres humanos quatro gigantes que acompanham a sua evolução.

Três destes colocam obstáculos, e apenas um abre todas as portas.

Os três gigantes criadores de problemas chamam-se:
Medo - Ira - Dever

Medo é um gigante enraizado profundamente, que se alimenta da necessidade de preservar a vida ante o perigo, mas que se alia com a imaginação e cria neuroses que são capazes de paralisar completamente a vida de uma pessoa.

Ira
é um gigante destrutivo, que se alimenta da reação normal de uma pessoa ante o Medo, mas por ser normalmente abafado e recalcado acaba criando o ódio, que é uma raiva em conserva, podendo consumir uma pessoa por dentro até matá-la.

Dever
é um gigante que entulha o caminho das pessoas com muitas obrigações, podendo esmagá-las com tantas que acaba produzindo tédio e imobilidade.

Quem poderia abrir todas as portas é o gigante Amor, mas raramente alguém o utiliza, porque amar não é algo que acontece do dia para a noite, mas uma dimensão que resulta do esforço para abrir o coração e entregar ao mundo o que haja de melhor na alma de quem assim se atreva a viver.

2006-03-13

Quem não compreende
um olhar
tão pouco compreenderá
uma explicação!



portanto
se o meu olhar não te diz nada,
as minhas palavras são inúteis!

...vamos lá então olhar mais para o interior das outras pessoas através das janelas das sua almas (os seus olhos) e deixar de ter olhares superficial!

2006-03-10

Dança de salão: as 5 latinas... Jive 5/5

O Jive...

É sob o nome de jive que certo rock é dançado em competição. A origem do Jive vem desde a Segunda Guerra mundial, quando os Gl' s americanos puseram os pés sobre o solo da velha Albion. Embora enamorados das danças de salão, a admiração e o interesse dos professores inglês foram imediatos e foram eles que lhe deram a sua forma actual. No entanto, os passos e as figuras de jive que conhecemos actualmente foram desenvolvidos pelos pretos de Harlem.

Esta dança, julgada escandalosa e decadente pelo regime nazi, foi mesmo proibida na Alemanha durante a guerra, da mesma maneira que o Swing. Este conflito travou a evolução da dança.


Dança de salão: as 5 latinas... Paso-Doble 4/5

O Paso-Doble...

Nesta dança apresentam-se os dotes de matador, o homem (torero) concentra-se na sua posição de alerta enquanto passeia a mulher (a capa vermelha) elegantemente pela pista de dança (arena).

História...

O paso doble teve origem a partir da música tradicional das corridas de touros. Encontrou a aceitação do público por volta dos anos 20. Mesmo encontrando-se em desuso, continua a ser dançada por alguns pares espanholes e de vários países latino-americanos.


Dança de salão: as 5 latinas... Samba 3/5

O Samba ...

...tem a sua origem no Brasil e no seu Carnaval. Ao contrário do Cha-Cha-Cha e de outras danças latinas é dançado ao longo de toda a sala.

É uma dança alegre, sensual e contagiosa, serve para festejar colectivamente. Um golo no futebol, uma passagem de ano, uma noite de carnaval, tudo é motivo para celebrar ao ritmo da batucada.

História...

O samba, que originalmente foi chamado de umbigada, nasceu antes em 1914 a partir de danças de salão como o Maxixe e a marcha. Os quais tiveram origem em 1870 a partir de ritmos africanos. Popularizou-se o ritmo rapidamente pelas famílias originarias da Bahia de Janeiro graças aos sentimentos de alegria que originavam. Nos anos de 1920 era parte indiscutível dos desfiles de carnaval, e festejos de rua por diversos motivos como as vitórias das equipas de futebol favoritas.

As primeiras tentativas de introduzir o samba nos salões europeus datam de l923 mas fez-se popular só depois da Segunda Guerra Mundial.

Hoje as escolas de samba, originárias das favelas (Portela, Mangueira, Beija-Flor, etc) encarregam-se de dançar ano após ano, e com um tema distinto, durante os carnavais utilizando vestuários coloridos que deixam mostrar as peles e corpos bronzeados, dos voluptuosos bailarinos. O passo básico consiste numa espécie de chassé rápido para a esquerda e direita do corpo enquanto que o resto do corpo realiza shimmies e ondulações pronunciadas da anca, cintura e do ventre.

Dança de salão: as 5 latinas... Rumba 2/5

A Rumba...

... é uma derivação mais lenta do Cha-Cha-Cha, também de origem cubana, mas com influências de ritmos africanos. É muitas vezes chamada de “DANÇA DO AMOR”.

Historia...

A rumba era tipicamente uma dança folclórica afro-cubana que servia como a dança da fertilidade.

Tomou as suas bases para dança de salão no século XVII a partir do som cubano. A rumba dança-se nas tabernas, bares e similares daquela época. Fez-se popular nas primeiras décadas do século XX e novamente depois do boom latino a nível mundial.

Num estilo chamado Yambú, há sempre um elemento de "seduzir e correr" que consiste em excitar o homem e logo depois em abandona-lo. No estilo chamado Guaguancó, o homem tenta entrar no corpo da mulher e consegue-o (só na dança). Columbia é outro estilo de rumba dançado somente em poucos lugares do planeta.

Dança de salão: as 5 latinas... Cha-cha-cha 1/5

O Cha-Cha-Cha...
... tem origem cubana e tornou-se popular durante o anos 50, com bandas como as de Xavier Cugat e Perez Prado.

O cha cha cha é uma dança alegre e inocente com canções que fizeram história nos casinos de dança.

Podemos encontrar o seu ritmo em muita da música popular actual.

História...


O cha cha cha foi inventado pelo violinista cubano e directo de orquestra Enrique Jorrín em 1948. Quando o gravou em 1953 nunca imaginou que se iria converter num grande êxito em toda a América e Europa.

Bruce Lee também foi um excelente bailarino de Cha cha cha.

Sós, levados pela mão ou abraçados, o passo básico consiste em alternar 2 passos lentos com esquerda e direita seguidos por 1, 2 e 3 passos curtos numa espécie de chassé bem marcados no solo. Dá-se um pequeno passé antes de repetir o mesmo para o outro lado.

2006-03-09

Dança de salão: as 5 clássicas... Quickstep 5/5

o Quickstep...

... que como o próprio nome indica é uma dança rápida. começou por ser uma versão com um ritmo mais acelerado do Foxtrot, com uma mistura de Charleston e influência musical do Jazz.

A base do Quickstep é o “chassé assemblé” e o “chassé fermé” que se dançam em todas as direcções. O Quickstep é uma dança alegre e muito contagiosa, as deslocações enormes que são pedidas ao redor da pista devem ser de uma grande fluidez. Consequentemente, é praticamente impossível praticá-lo em “dancing”, tanto mais que as orquestras ignoram-no.

Uma música dinâmica, passos elaborados, um humor ligeiro e feliz, tais são as características do Quickstep cujo ritmo clássico é de 50 medidas por minuto. Como se devem ter apercebido é a última nascida na lista das competições de danças clássicas.

Dança de salão: as 5 clássicas... Slow Foxtrot 4/5

O Slow Foxtrot...

A denominação de Slow-Fox é espalhada pela França e pela Alemanha, enquanto na Inglaterra esta dança toma o nome de Fox-Trot. Trata-se portanto da mesma dança.

São os professores e dançarinos ingleses que foram enriquecendo esta dança e deram-lhe finalmente a sua estrutura actual. Aos passos mais importantes do Slow-Fox são "os 3 passos", o "chassé" e sobretudo o "plume" que caracteriza mais a esta dança. Este último passo fez a sua aparição no campeonato do mundo de 1922 em Londres.

Para dançar perfeitamente o Slow-Fox, é indispensável dar à sua interpretação um ar fluido, muito fluido, sem paragens, evoluindo sempre.

O Slow-Fox ou Fox-Trot é a dança de competição mais difícil entre as clássicas, de acordo com os conhecedores porque só é possível aprendê-la com a ajuda de um professor. Contudo, cada dançarino que tem apreendido as subtilezas desta dança afirmará que é um sonho dançá-la.

Os tempos do Slow-Fox é de 30 medidas por minuto, medida a 4 tempos.

Dança de salão: as 5 clássicas... Valse Vienense 3/5

A Valse Vienense...

É caracterizada por giros à direita e à esquerda, bem como por "fleckerl" (girar sobre si mesmo) à esquerda e à direita e por passos transitórios. O andamento é diferente de o da Valse francesa.
As deslocações são mais importantes com inclinações e elevações ligeiras. A posição dos dançarinos é ligeiramente mais relaxada. O ritmo é de 60 medidas por minuto, medidas à 3 tempos.

As sedutores ondulações dos corpos e as rápidas mudanças de velocidade, espectaculares nos dançarinos de alto nível, são o resultado de uma potente rotação do corpo sobre ' o primeiro tempo de cada medida.' Sobre o 2, e 3e tempo, iça-se sobre a ponta dos pés e o movimento estabiliza-se num balanço para o centro das voltas.

Existem três Valses - Valse francesa, Valse inglesa e Valse vienense. Só os dois últimos fazem parte das danças standard de competição. Ligeireza e graça são as qualidades que caracterizam a Valse.

A Valse representa a forma mais pura do abandono na dança, dá asas aos dançarinos que se sentem de repente transportados, empurrados pelo ritmo charmoso no universo do sonho.

Dança de salão: as 5 clássicas... Valse Inglesa 2/5

A Valse Inglesa...

A Valse inglesa faz 'parte das danças standard de competição. Ela é a forma moderna da antiga "Boston", Valsa lente à 3 tempos que veio dos Estados-Unidos.

A dança não era bem vista pelos chefes religiosos de novo mundo. Acabaram contudo por aceitá-la na condição que a mão do homem, que devia tocar a cintura da mulher, fosse envolvida numa luva ou que tivesse pelo menos um lenço para que este contacto julgado tão ousado fosse moralmente mais aceitável.

É entre 1920 e 1930 que um grupo de profissionais britânicos desenvolveu, entre outras coisas, a Valse inglesa para a tornar numa dança desportiva.

A Valse inglesa é caracterizada pela doçura da sua música e pela lentidão de evolução contudo cheia de impulso dos dançarinos. Dá assim aos movimentos uma elegância muito específica.

Dança de salão: as 5 clássicas... Tango 1/5

O Tango...



...muito mais que uma forma musical, ou uma forma
estética de movimento, é uma forma de vida.
Vive-se, respira-se e comunica-se.


"Es (el tango) un pensamiento triste que se baila"
Enrique Santos Discépolo


Ao enlaçar sua parceira na pista de dança, não é a alegria que o move, nem a ele, nem a ela. Os passos felinos e o apuro duvidoso do par anunciam aos presentes um acontecimento quase que metafísico: bailarão um tango! O dançarino por vezes nem tira o chapéu que lhe vai inclinado na cabeça. Um lenço qualquer lhe envolve o pescoço. Ela, bela, com os cabelos presos, rodopia numa saia justíssima, onde abre-se uma generosa fenda. O ritmo sincopado e malevolente que escutam ao fundo é de um bandoléon soluçante, de um violino e de um piano. Executam então os dois o mais lascivo dos balés que se conhece.